Dados coletados pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostram que há alto índice de esgoto in natura em rios que banham os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A falta de tratamento não só constitui dano ambiental, como põe em risco a saúde da população que mora nas regiões afetadas.
O inquérito civil público n. 1.30.010.000337/2010-93 foi instaurado ainda em 2010 a fim de garantir a adequada proteção de oito rios que sofrem com a poluição in natura de efluentes.
O inquérito civil público n. 1.30.010.000337/2010-93 foi instaurado ainda em 2010 a fim de garantir a adequada proteção de oito rios que sofrem com a poluição in natura de efluentes.
São eles Rio Paraíba do Sul, Ribeirão das Minhocas, Rio das Flores, Rio Ipiabas, Rio do Turvo, Rio Piraí, Rio Sacra Família e Córrego do Nora.
Isso acontece porque, ainda em 2012, foi constatado que a cidade não possuía estação de tratamento de água e esgoto e que havia previsão de entrega da primeira estação de tratamento para janeiro de 2013.
Em 2017, o MPF tomou ciência de duas estações, Califórnia e Manibra, porém apenas a primeira estava em funcionamento em janeiro de 2020, tratando aproximadamente de apenas 31% dos efluentes.
Com base nos dados capturados pelo Inea sobre medições realizadas nos rios Paraíba do Sul e Piraí, a Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap) confirma que a densidade dos coliformes fecais presentes é compatível com a Classe Quatro da Resolução Conama. 357, de 17/03/05, sendo o pior nível de qualidade de água.
Com base nos dados capturados pelo Inea sobre medições realizadas nos rios Paraíba do Sul e Piraí, a Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap) confirma que a densidade dos coliformes fecais presentes é compatível com a Classe Quatro da Resolução Conama. 357, de 17/03/05, sendo o pior nível de qualidade de água.
A amostragem coletada em 2019 indicou um volume 216 vezes maior que a quantidade exigida para a classificação.
A Agevap concluiu que Barra Mansa, Volta Redonda, Teresópolis, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Petrópolis e Barra do Piraí são os municípios que mais sofrem com o lançamento de matéria orgânica nas águas.
Os mesmos municípios também são prejudicados pelo alto nível de lançamento de coliformes termotolerantes, que aguentam temperaturas acima de 40 graus, apropriadas para a sua reprodução.
Esses também são encontrados em São José dos Campos, Guaratinguetá, Cruzeiro e Jacareí, no estado de São Paulo, e em Juiz de Fora, Ubá, Cataguases e Muriaé, em Minhas Gerais.
De acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas 21 das 100 maiores cidades do Brasil têm 80% do esgoto tratado.
Dada a relevância do serviço público de saneamento básico, é imperativa a adoção de providências para garantir a universalização do acesso a tais prestações, servindo a presente ação civil pública como ferramenta em prol deste nobre propósito, no que diz respeito ao tratamento de esgoto. Assim, o serviço necessita ser prestado, independente de quem seja seu titular. Se o Município não demonstra capacidade de fazê-lo sozinho, a cooperação dos demais entes se impõe, afirma o procurador da República Jairo da Silva, autor da ação. Para ele, o Estado do Rio de Janeiro e a União foram omissos quanto a situação em Barra do Piraí e, portanto, co-responsáveis pelos prejuízos à saúde e meio ambiente.
De acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas 21 das 100 maiores cidades do Brasil têm 80% do esgoto tratado.
Na região Sudeste, cerca de metade da população é beneficiada. Segundo o procurador da República, o município de Barra do Piraí está muito longe da média nacional para tratamento de água e esgoto.
O estudo “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento no Brasil feito pelo Instituto Trata Brasil aponta que a promoção de saneamento básico traz elevado retorno social e financeiro para o estado, pois reduz custos com a saúde, aumenta a produtividade, valorizam imóveis e proporciona turismo nessas áreas.
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